segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Primeiro anúncio com vídeo em um Jornal impresso do Brasil !!!
No Domingo, dia 3 de Julho de 2011, cerca de mil assinantes do jornal O Estado de São Paulo foram surpreendidos ao receberem a curiosa edição com uma sobre capa possuía um anúncio com vídeo em uma pequena tela de LCD mostrando cinco vídeos da campanha do Fiat Bravo.
A campanha foi desenvolvida pela Agência Fiat (Agência Click + Leo Burnett), e pelo departamento de Projetos Especiais do Estadão, o anúncio lembra outros dois, ambos feitos fora do Brasil, mas é o primeiro do país neste formato. Confira o vídeo:
Desde o surgimento da internet comercial, ainda no século passado, o debate sobre o futuro dos jornais impressos esteve em pauta. Agora, com a popularização dos dispositivos móveis, o tema volta à tona com força. Reunidos na Casa do Saber, na Lagoa, representantes de três grandes veículos brasileiros de imprensa discutiram ontem os desafios colocados pelo avanço tecnológico, ressaltaram possibilidades e foram uníssonos em dizer: o papel ainda tem um longo caminho pela frente.
O debate faz parte de um ciclo de palestras dentro da programação dos Encontros O GLOBO, com temas que passam em revista a realidade do país nas áreas de tecnologia, cultura, economia e política. Os painéis são realizados na Casa do Saber O GLOBO, a partir das 17h.
— O papel ainda sobrevive por muito tempo, mas é evidente que o modelo de negócio vai ser complementado pelo digital. Sobrevive não pelo saudosismo, como os discos de vinil, mas porque ele é conveniente. O leitor recebe em casa um relatório impresso, da marca que ele confia, com os fatos e análises das últimas 24 horas. É um valor para o indivíduo — afirmou Ricardo Gandour, diretor de jornalismo do “Estado de S.Paulo”.
Modelo de cobrança on-line
O debate foi mediado pelo editor executivo do GLOBO Pedro Doria, que ressaltou a importância do jornalismo de qualidade, não importando o meio que é entregue, seja papel, tablet ou internet. Cumprindo a função de mediador, o jornalista destacou que os ganhos com publicidade na internet são menores comparados ao faturamento com anúncios no impresso. A pergunta colocada aos convidados foi como gerir uma grande redação caso o jornal impresso perca relevância.
Um dos caminhos apontados foi o início da cobrança pelo acesso ao site. A editora de Tecnologia da “Folha de S. Paulo”, Camila Marques Braga, contou um pouco da experiência do jornal paulista, que adotou o paywall há pouco mais de um ano. Segundo ela, apesar do limite imposto ao acesso ao conteúdo publicado na internet, a audiência vem crescendo, assim como o número de assinaturas digitais.
— Ainda não consigo imaginar fazer o jornalismo que fazemos hoje sem o dinheiro da publicidade do papel, mas estamos tentando novas formas de faturamento. Nós estamos implementando o paywall no Brasil num momento confortável, diferente do que aconteceu nos EUA, onde os jornais estavam no vermelho. Com pouco mais de um ano de experiência, a audiência não caiu, as assinaturas digitais cresceram e a maior parte dos leitores elogia a medida — contou Camila.
O GLOBO iniciou a cobrança pelo acesso ao site ontem. Segundo Gandour, “O Estado de S. Paulo” também planeja modelo semelhante.
— O interessante é que o leitor passa a ser mais crítico. Quando ele paga, ele se sente mais proprietário da informação e faz mais ponderações, que nos ajudam a melhorar — destacou Camila.
No embalo dos protestos de junho, o uso de novas tecnologias no fazer jornalístico também foi discutido. Gandour classificou como “equivocado” o antagonismo colocado entre “mídia tradicional” versus “novas mídias”.
— Há 30 anos, um cidadão ligava para o jornal e informava sobre um incêndio. Ele já era ninja. E a redação fazia o quê? Apurava. Essa participação, a inclusão da sociedade, que as redações precisam incorporar, como incorporaram o sujeito da ficha telefônica há 30 anos — afirmou.
Fonte: Gestor de Marketing e o Globo Tecnologia
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